Marinha aplica bafômetro e apreende jet skis em áreas de banhistas
Objetivo da fiscalização intensiva é coibir o uso de álcool, evitando acidentes e mortes no mar no período de férias
Cidades | Em 15/12/14 às 06h57, atualizado em 15/12/14 às 07h04 | Por Redação
No fim de semana, três embarcações foram apreendidas e quatro foram notificadas, num total de 34 abordagens realizadas durante a Operação Verão, da Capitania dos Portos. Somente no último sábado, que foi o primeiro dia da operação, houve a apreensão de três embarcações. O principal objetivo da fiscalização intensiva é coibir o uso de álcool, evitando acidentes e mortes no mar no período de férias, quando o aumenta o fluxo de pessoas. A operação só termina depois do Carnaval. O último acidente com morte no litoral paraibano ocorreu em dezembro de 2012, em Cabedelo. A multa por conduzir alcoolizado pode chegar a R$ 3,4 mil.  
“Fizemos três apreensões apenas no primeiro dia. Em duas motos aquáticas, os pilotos não usavam colete; na outra, o condutor estava alcoolizado. Também foram feitas cerca de dez notificações porque os responsáveis estavam transitando em velocidade acima da permitida e fazendo manobras arriscadas em áreas de banhistas, ou seja, a menos de 200 metros da areia”, destacou o capitão de Corveta, Wagner Guedes Abrantes,
Até março do próximo ano, serão entre duas e seis equipes diariamente, dependendo do movimento. Além das que estarão na água, serão outras duas em terra. Os testes de alcoolemia são feitos nas tendas instaladas na areia. As tendas serão volantes e ficarão em pontos aleatórios, especialmente junto às marinas.
O capitão de Corveta,  explicou que a Marinha dispõe de duas equipes durante a semana, de segunda a sexta-feira, com uma moto aquática e uma lancha. Nos finais de semana, o efetivo é dobrado, mas pode chegar a seis equipes, dependendo do movimento. “Este quantitativo é suficiente para o nosso litoral, porque fazemos a abordagem nos locais de maior concentração de embarcações”, disse.
A frota aquática da Paraíba é de 4,9 mil veículos, sendo 1.587 motos aquáticas, 851 lanchas, 2.523 embarcações de pesca e 32 catamarãs, além de seis rebocadores. 
Como ocorre a fiscalização
Antes de ir para a água o piloto vai passar pelo posto de controle, onde será feita a verificação de documento e do material de salvatagem. No retorno, se houver indícios de embriaguez, vai ser submetido ao teste, com apoio policial, se for necessário. “Ao ser detectado qualquer sinal de embriaguez, como olhos vermelhos, desorientação, latas e garrafas no barco, faremos o teste”, observou o comandante da Capitania dos Portos da Paraíba, Valdinei Ciola. Haverá bafômetro também na água. 
Quem for flagrado, estará cometendo um crime e a embarcação será apreendida, assim como documentos. O condutor terá direito a defesa na Capitania, mas o auto de infração será lavrado. Se for constatado indício criminoso na condução da embarcação, será aberto processo criminal. O infrator terá que pagar fiança para sair da delegacia. Com a embarcação apreendida, a carteira é suspensa e se for autuado por conduzir embriagado, a multa pode a R$ 3,4 mil. 
Fonte: portalcorreio
